quinta-feira, novembro 23, 2006

Bons tempos não existem mais

É passado o tempo da indignação. A revolta resultante da censura não existe mais. Estudantes não vão mais às ruas apoiar o que acham correto, tampouco de caras pintadas pedindo explicações. Os tempos são outros. Estamos na era individual, onde os rebeldes não têm mais lugar em nossa sociedade.
Iniciar um texto dessa forma mostra bem o quão incrédulo estou com o sistema. Em um passado muito recente, o sentimento apaixonado e patriótico inflamado pela repudia a ditadura fez história. Páginas de livros contam o quão importantes foram os estudantes e quantos feitos foram realizados para mostrar toda a aversão contra a injustiça.
Hoje, ao abrir um jornal, qualquer que seja ele, é difícil encontrar uma nota que seja retratando alguma inquietude. No mais calórico dos atos, estudantes indignados com o aumento do preço das passagens de ônibus, voltam às ruas e pedem por aquilo que é de direito. Onde está o problema? Ao meu ver, está na cumplicidade que já não existe. Os pais de hoje, estudantes de ontem, lembram bem dos anos difíceis que viveram e sabem contar como mais ninguém a vergonha daqueles tempos. Os quilômetros de letras de música que foram escritas pelas mais diversos artistas, censuradas e boicotadas pela inquisição brasileira, são memórias de um tempo difícil e hoje ao cantá-las, os jovens não conseguem a sintonia que foi esquecida pelo comodismo.
“Aqui na terra estão jogando o futebol...” e continuam, pois o que mais interessa ao jovem de hoje é o placar reluzente informando a vitória do time de coração e a metáfora embutida na letra de nosso caro amigo Chico perdeu-se. Todo o processo que o país atravessou para enfim ter direito ao voto tem um valor acima daquilo que é estudado para as provas de vestibular. Os discursos inflamados de estudantes e políticos que tinham um sonho comum, evocados em palanques gigantescos ecoaram por todo o território em um grito comum – Diretas Já. As diferenças vieram com o passar dos anos, mas o prazer supremo retratado dentro do ser de todos aqueles que contribuíram de alguma forma para um Brasil mais justo é lembrança eterna, que debate algum será capaz de apagar.
Um comercial televisivo me fez pensar em algo que realmente faz sentido. No decorrer da performance cibernética da computação gráfica, um andróide ensina a forma de alcançar a eternidade – Basta fazer uma coisa notável para que você seja para sempre lembrado. É algo a se pensar. Foi, é e continua sendo um dos maiores temores do homem a morte ou ainda pior, o esquecimento após a morte. Estou divagando a respeito de um comercial, mas garanto que minha intenção não é a de fugir do tema. Pelo contrário. A intenção é a de marcar a ferro uma verdade incomoda que percebo nessa nova geração – o comodismo causado por essa falsa liberdade. Talvez Sartre, caso ainda fosse vivo, seria o melhor indicado para discursar a respeito dessa liberdade manipulada que nossa sociedade vive mergulhada. Uma liberdade guiada por programas de TV, por falsas notícias, por uma educação média, por políticos sem ideologia e pior, por desinteresse total norteado pela falta de fé.
Os Anos Dourados não podem ficar no passado dos livros. As grandes causas não podem ser atribuídas somente ao governo. Os sonhos deveriam voltar. O amor pelo país precisa transcender o orgulho esportivo. O interesse pela política nacional nunca deveria ter sido perdido e se foi um dia, está mais que na hora de ser resgatado.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Um Brasil sem caráter

A experiência que tivemos sobre os acontecimentos que entorpeceram o país nos últimos meses, serviu apenas para concretizar a idéia de que o Brasil não é um lugar sério. Não só pelo ineditismo nacional que rege o não banimento da corrupção deslavada, como pelos problemas que suscitarão pela falta de punição.
Parecia-me evidente a necessidade de um basta após tantas denúncias. Não aconteceu. A troca de acusações mostrou-se tão arcaica, quanto os mecanismos de busca usados nas comissões de inquérito. Perguntou-se de tudo lá. Sigilos bancários e telefônicos foram quebrados após muita controvérsia e o apurado mostrou-se como sempre insuficiente. Pois, se depois de tudo aquilo o que foi provado, um novo problema deveria surgir para atormentar as autoridades. A falta de vagas na cadeia para colocar tanta gente.
As punições abrandadas serviram apenas para solidificar uma certeza que reinou sempre dentro das cabeças dos políticos: Brasileiro perdoa, sempre.
A sorte que os políticos tem, para o nosso azar, é que nesse país, qualquer um pode falar à asneira que bem entender, sem o menor critério ou apuração que vai ser levado em conta sem estar sujeito ao confronto de opinião. Pode prometer que pobre ficará rico, pode prometer o fim da seca do nordeste, prometer escola para todos, saúde de primeiro mundo regada ao bom atendimento. Pode prometer. Ninguém questionará. Brasileiro acredita, sempre.
É muito fácil gabar-se do fato de que o risco Brasil caiu. Caiu sim, mas pelo fato do país ter honrado seus compromissos externos. O ponto é que antes, quando a situação atual era oposição, o discurso inflamado por calote reinava soberano nas promessas de campanha. Hoje, em cargo assumido, ninguém tem coragem de admitir a bobagem que antes prometera. Não é mais preciso. O pior desonesto, ao meu ver, não é aquele que fez diferente do que prometeu e sim aquele que faz diferente e não assume seus atos.
Desviando o tema para longe da corrupção, pois ainda considero prioridade a manutenção do caráter intacto para assumir qualquer cargo público, pergunto a todos: O que seria justo e correto prometer à população nessa campanha? Minha resposta que divergirá de muitas é: Prometer uma administração que viabilize a volta do respeito para o país e assumir total comprometimento com os interesses nacionais, colocando sempre o Brasil acima do partido.
Acredito piamente na população nacional. Da mesma forma que acredito que muita gente de boa fé está sendo enganada. Qualquer pessoa medianamente informada, enxerga as entrelinhas dos discursos de campanha e distingue as verdades dos absurdos. Falsas acusações e boatarias servem como mecanismo de alienação. Apostar o mais alto que puder é a lei que rege esse sistema vigente que trabalha incansavelmente para a sua manutenção no poder. Sem regras ou escrúpulos, o vale tudo da política nacional destrói os argumentos da população com falsas verdades. O simbolismo do respeito à instituição e à população não existe mais. Aquilo que governa o país e conduz o Estado chama-se impunidade.
Não interessa de onde veio o dinheiro sujo. Basta saber que é sujo e disso ninguém duvida.
O que deve ser feito é concretizar as palavras desse presidente que repete sem distorções da fala que encontrados os culpados, estes serão punidos. Meu conselho é: Seja feita a Vossa vontade e apresente-se a polícia, digníssimo Presidente.

Divagando


Uma manhã ele acordou e resolveu ser mais feliz.

Decidiu procurar pelas coisas boas que ele sabia que estavam dentro dele.
Nada pode ser melhor que um dia após o outro. Se isso foi uma constatação, ele estava certo.
Para acreditar que tudo vai melhorar é preciso de uma prova, mas, na falta de uma, a experiência vivida passa a ser válida. Se a introspecção fosse uma forma de sentir o mundo, ao sair desse estado seria possível entender melhor a realidade, ou parte dela.
Coisas boas.
Julgamento de valores não cataloga o que sentimos. Os sentimentos agem diferente em cada pessoa e, assim sendo, “acreditar em que?”, passa a ser a melhor das perguntas. Há quem diga que a inteligência nos faz sermos capazes de enxergarmos de maneira imparcial e para isso, o caminho mais lógico seria a formação. Mas, em quê?
Quando procuramos aprender mais sobre algo, devemos ter em mente a finalidade de tal. Conseguimos? Nem sempre e, nesse ponto entra o conceito – VOCAÇÃO. Isso não vem marcado a ferro em pelo ao nascermos. Pois deveria! Ao menos a mais difícil das questões que pode ser feita em vida nunca seria mencionada: PRA QUE EU SIRVO?

Nada à priori.

Cultuando o Acaso


Uma velha idéia que durante muito tempo regeu minha vida, voltou. Contruir em palavras um tom explicativo para a vida, contado em capítulos, que juntos um dia transformariam-se em um livro. A base da idéia sempre tive. O que falta para a realização desse projeto? Confesso para todos. Nada.
Apresento-lhes agora a introdução.
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Quando se tem muito tempo disponível para fazer tudo aquilo que tem vontade, você acaba usando muito desse tempo para pensar naquilo que vai fazer. O engraçado é que consigo passar horas e horas pensando em nada, o que eu chamo de Cultuar o Acaso, sempre dando como desculpa o fato de estar vivendo um momento de introspecção de minha vida. Dar desculpa nem é necessário pra dizer bem a verdade, já que quando atingimos uma certa idade, nos preocupamos menos em agradar ao próximo do que a nós mesmos.

Pensar em nada pode se tornar perigoso, pois como dizem "cabeça vazia oficina do diabo". Em contrapartida, pode ser criativo, lado este que prefiro seguir, pois considero o fato de que existam cabeças extremamente brilhantes, que cultuam o acaso, desestimuladas com a vida ou com uma parte dela.

Não colocarei conteúdo algum no primeiro capítulo deste livro, como você leitor poderá perceber ao avançar um pouco mais na leitura. Esta decisão não é nenhuma artimanha de marketing, tampouco uma atitude de revolta de minha parte para com o número um. O fato de eu não colocar palavra alguma no primeiro capítulo, foi à maneira que encontrei para ressaltar o quão vago pretendo que seja o livro.

A partir do segundo capítulo do livro, Te convido a se aventurar com a personagem principal da história – Poe, um menino curioso que se sujeitou a fazer uma viagem no interior da mente humana, explorando o lado vazio.
Poe não existe, foi criado para ilustrar a história. Como criador, dou-me o direito de equipar minha criação da forma que eu achar melhor.

Crente que meu personagem não será questionado, começo agora a falar um pouco sobre ele. Poe têm hiperatividade, é observador e tem personalidade forte. Gosta de todos até que alguém o prove o contrário. Prefere ouvir uma música que goste muito várias vezes do que ouvir uma coletânea que não lhe agrade tanto. Ele não é feliz e não é triste. Poe é de fases, de momentos, vivendo sempre o hoje intensamente. Não faz plano, mas tem sonhos. Ama o amor, sempre procurando um amado.Poe gosta de sua vida, mas fica extremamente inquieto quando observa o mundo à sua volta.Este é Poe, que foi escolhido aleatoriamente levando em conta apenas seu grande interesse a respeito do mundo e das coisas, qualidade que admiro.

Faltou dizer o porquê de Poe ter aceito meu convite e participar desta experiência. Não foi por dinheiro, pois dinheiro eu não tenho. Nem por nenhuma razão científica, pois o que escrevo e o que pretendo escrever não tem nenhum amparo na ciência. Tampouco foi pela sua curiosidade, pois Poe privilegia a sua liberdade de escolha para explorar aquilo que quiser. Falei a palavra "liberdade" e foi esta a chave do convite. Poe poderá vasculhar, remexer e questionar tudo aquilo que tiver vontade e gostou disso.
Todos de alguma forma buscam a liberdade, seja ela qual for, financeira, afetiva, intelectual ou de expressão. Poe gostou da idéia de agir sem censura na cabeça de uma outra pessoa, questionando o mundo seguindo a visão dos outros, avaliando e comentando como quiser, tendo sempre como principal objetivo explorar o vago.

A falta de uma explicação nesse momento, talvez deixasse você com dúvidas a respeito daquilo que será o foco principal do livro. O que quero dizer com explorar o vago? Temos o intuito, (digo agora "temos", pois já considero Poe integrado à história) de tentar entender os pequenos gestos, as simples ações que estão por trás das coisas cotidianas das pessoas. Porque as pessoas estudam? Porque as pessoas trabalham? Porque as pessoas se relacionam?

Podemos encontrar milhares de respostas para estas perguntas, mas nunca uma só para cada. Poe tentará encontrar a melhor resposta ou a que valha mais a pena, ou simplesmente mergulhar neste mar de possibilidades validando todas elas.
Ninguém sabe ao certo o que existe de melhor na vida. As pessoas acham que sabem o que é melhor para elas e se empenham nisso. Outras não. E são estas, que não agem da forma esperada e não pensam apenas naquilo que já foi pensado, que são o foco de nossa busca. Sabendo disso, Poe começará suas observações e analisará de sua maneira tudo que achar interessante.

Ele terá um amplo espaço para suas reflexões e se divertirá com isso, já que se baseará somente no que acha para elogiar ou criticar. Poderá conversar com as pessoas para saber sua opinião, ou simplesmente penetrar na sua cabeça e enxergar o que elas vêem interpretando de seu modo. É este todo o poder que dou a Poe, seguro que ele fará de tudo para entender o que não costuma ser entendido.

Isso é o que pretendo explorar, não sabendo ao certo onde Poe vai chegar. Convido agora você leitor, a descobrir o que segue nas próximas páginas, não prometendo nem ao menos o final. Por este motivo não dedico este livro a ninguém.

Valerá a pena? Talvez.

domingo, outubro 08, 2006

Fugindo da responsabilidade

Quantas vezes em nossas vidas já não nos imaginamos indestrutíveis?
Pergunta inoportuna que pode levar a um questionamento desnecessário. Então, porquê fazê-la? Na maioria das vezes quando me pedem uma explicação eu faço sem hesitar. Hoje, como o tom foi dado por mim, explico-me sem pedidos.
Inúmeras oportunidades do cotidiano poderiam ter sido menos agressivas do que de fato foram. Situações colocadas sem cabimento, muitas vezes mostraram-se absurdas. Outras tantas vezes não.
A intenção não é a de criar um texto introspectivo, não é minha finalidade e provarei com mais algumas linhas.
Cargos, hierarquias, ambições e fulminantemente, o poder, são degraus perigosíssimos que mudam a essência do ser humano. Maquiam a alma, destroem o caráter. Com isso acontecido, um superpoder inexistente aparece com força na falsa sensação de domínio da verdade e o mais humilde dos homens, portador neste momento de raios cósmicos divinos, intitulasse Deus.
O Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva é um exemplo a não ser seguido. O afortunado representante de uma nação, não pode mostrar-se acima de tudo. Pelo contrário, o exemplo deveria ser dado. Tudo o que foi dito e esmiuçado a respeito do partido do presidente não foi e continua sem ser explicado. Após duríssimas críticas recebidas pelo não comparecimento aos debates de primeiro turno, Lula deu o ar da graça no primeiro debate televisivo deste segundo turno, a contragosto pelo que aparentou no vídeo, pelo motivo único de ser uma estupidez tamanha deixar seu espaço para um palanque do adversário. Se houvesse uma única saída para que o presidente se ausentasse desse “combate”, acredito eu, ele o teria feito.
O que acontece com as pessoas quando são colocadas à prova? Muitos enfrentam seus problemas com garra e coragem, alguns são cautelosos e preferem o diálogo, outros se escondem e não assumem a responsabilidade que tem. Cada um, cada um. Mas, quando um problema de dimensões nacionais estampa todas as páginas de todos os jornais do Brasil e são usados também pela imprensa estrangeira, algo imprescindivelmente precisa ser feito. Não queremos explicações do metalúrgico que baixou sua produção. Queremos uma explicação do representante máximo nacional pelos erros que são absolutamente da sua alçada.
Não acredito em pessoas indestrutíveis. Acredito em fortes armaduras. Tenho a certeza que a espessura da carapaça que o Presidente Lula se revestiu durante todo o processo de escândalos está muito comprometida. Mais cedo ou mais tarde, nosso Presidente precisa ceder. Ceder ao apelo da população por uma explicação contundente e honesta. É o mínimo que ele deve fazer para mostrar-se ainda digno de continuar na vida publica.
O homem que surgiu do povo e pelo povo chegou ao poder não existe mais. Este mesmo poder, que ele tanto quis para ajudar os mais sofridos deste país, deixou-o cego. A arrogância que antes não existia nele, agora reina soberana. Eu não conheço este homem. Não é o mesmo que perdeu as primeiras eleições que disputou, tampouco o homem que assumiu o Brasil há quatro anos atrás. Quem é esse novo Lula, que perdeu com os anos sua paixão pela moral e pelo social? Quem é esse presidente que está acima de tudo e todos?
A questão não é mais partidária ou ideológica. A pergunta que deveria ser respondida pelos dois candidatos à presidência nesse segundo turno deveria ser essa: Quem é mais importante, o senhor ou o Brasil? Lula nos responde essa pergunta todos os dias e reafirma sua resposta toda vez que não assume o óbvio.
Um presidente deve sim se julgar indestrutível. Indestrutível em seu caráter, em sua ética e principalmente em seu compromisso assumido com a população. Infelizmente, nesses pontos, Lula quebrou.

sexta-feira, setembro 22, 2006

O Brasil está em xeque


O país está em xeque. O momento é decisivo. Uma jogada errada fará com que todos percam. Fomos avisados. Todos os dias. Somos avisados. Todos os dias. Se ainda não sabe o que está acontecendo, abra o jornal de hoje e leia ao menos as manchetes. Uma quadrilha de proporções fantásticas enraizou-se nas entranhas de nosso Brasil e está sugando todo o elixir de esperança que sempre abasteceu os corações do povo brasileiro. O orgulho nacional foi atingido. É preciso um basta. É preciso que a corja que está no poder seja punida de maneira exemplar. O que acontece com esses políticos? Enganar e trair seu próprio povo é muita baixaria. É ausência de caráter. O dia da eleição é o momento do lance crucial. Pense muito bem antes de votar. Reflita.

quinta-feira, setembro 21, 2006

A indignação não existe mais.

Os acontecimentos da vida política nacional são tão escabrosos que estão fazendo com que a palavra indignação saia do vocabulário do brasileiro de maneira definitiva. Nunca mais nos indignaremos com nada. Aconteça o que acontecer, brasileiro agüenta, é forte e solidário a ponto de não questionar.O escândalo da vez – a venda de falsos dossiês – chegou apenas para dar o último aviso ao eleitor desavisado antes das eleições de primeiro de outubro. Aqueles, que dormiram no ponto, ignoraram o óbvio e desligaram o cérebro enquanto denúncia em cima de denúncia era apresentada, agora têm mais uma chance de enxergar o que está acontecendo em nosso país.Todos os veículos de comunicação mostraram em detalhes as falcatruas cometidas pelos envolvidos na podridão geral que assola o país. Algo aconteceu e está mais do que claro o que incomoda e que continua a acontecer, mesmo depois de tantos escândalos e acusações. Ninguém é afastado de um cargo por boatos, ainda mais quando a pessoa é forte dentro de seu partido. Pois bem. Assistimos a mais um afastamento no partido dos trabalhadores – Ricardo Berzoini – coordenador nacional da campanha do presidente Lula, além de ser, nada mais nada menos, o atual presidente do PT. Foi afastado pelas denúncias que recebeu a respeito do caso dossiê. Algo está estranho. Tem coisa muito errada nesse universo intocável. Outro alguém fez algo que não deveria ter feito e nessas horas o remédio que se mostrou eficaz para Lula se blindar dos escândalos anteriores – cortar na própria carne – mais uma vez está sendo usado.Perguntas feitas dia-a-dia são respondidas com respostas tão escorregadias que até para os maus entendedores o que foi mostrado bastou. Sei que têm algo errado, mas não ligo a mínima. É esse o pensamento geral. Os acusados não têm mais o que fazer, a não ser segurar as pontas, agarrar-se na máquina, apelar para o carisma e torcer para que o mês passe mais rápido para que dessa forma, o tempo de assimilação dessa nova presepada seja insuficiente e os índices das pesquisas não ocilem demais.
Não interessa de onde veio esse dinheiro, não vão falar, não vão provar a tempo. Sabemos de onde veio. Pagamos, todos nós, com nossos impostos por este dossiê – forjado ou não – não nos apresentaram comprovante de compra, muito menos pregaram um balancete de final de mês que até a mais vagabunda das empresas o faz. O Brasil é superior a tudo e a todos. A máquina do Estado trabalha ininterruptamente, mas nem sempre o resultado do trabalho dessa máquina está sendo utilizado para a melhoria de nosso país como comprovamos nessa gestão.
A reeleição desse partido será um marco em nossa história democrática recente. Um marco negativo é verdade, pois as eleições de 2006 serão lembradas pelos historiadores e estudiosos como o pleito que traduziu a corrupção deslavada em votos e o aval definitivo da população que liberou de maneira manipulada a impunidade partidária.
A consagração daqueles que trabalharam em cargos públicos de maneira egoísta e fizeram com que o país fosse visto com maus olhos pela opinião pública mundial pode ser premiada no primeiro dia do mês de outubro com seu voto. O conformismo crônico é uma doença que se mostrou sem cura. A blindagem carismática mostrou-se mais forte que muitos supunham. As portas do vale tudo estão escancaradas para os próximos golpistas que quiserem entrar e se sentirem bem vindos.

terça-feira, setembro 12, 2006

Corrupto é bandido e ponto.

Quanta bobagem será que eu agüento escutar sem gritar? Boa pergunta. Não estou muito certo da resposta, mas sinto que estou próximo de explodir.
Assisto a TV e fico perplexo. Sem falar na vontade de morrer toda vez que leio os jornais. As coisas que vejo e leio não podem ser reais. Os canalhas que tanto mal fizeram ao país não podem ser tão maldosos a ponto de novamente disputarem uma eleição para outra vez enganar o povo. Pesquisas me mostram que meu voto de nada adiantará, pois o futuro já está escrito. Quatro anos mais dessa pouca vergonha teremos que engolir. O problema está no didatismo. Explico. O brasileiro não está acostumado com interpretações de textos, leva tempo, é complicado. Os termos muitas vezes não são usuais e muitas das verdades ditas não são assimiladas. É preciso ser mais prático, ou melhor, mais didático. Senão, corre-se o risco de acontecer o que parece inevitável – a reeleição desse presidente e desses gatunos que querem voltar à política nacional.
Pingo por pingo em todos os “is” precisam ser postos. Caixa dois não é linguagem que se usa para ser entendido, assim fica difícil, mas fazer o quê? Sanguessuga e mensalão já encheram tanto que está mais do que passada a hora de virarem nomes de músicas de funk. Virou chacota. Dólar na cueca e paraíso fiscal são fictícios que não mostram nada. O povo reconhece melhor se a expressão bem brasileira “meteu a mão” for usada. Corrupto é ladrão. Foi cassado, pois fez o que não devia, enganou a população.
É impressionante o tamanho da exposição que esse lamaçal teve e de nada teve efeito. De que valeram os quilômetros de linhas escritas e as várias horas de imagens exibidas se o cenário atual nos mostra que o partido dos trambiqueiros leva essa enorme vantagem sobre todos os demais partidos somados. É por isso que proponho uma campanha de elucidação do ocorrido. Musiquetas e frases de votem não de nada adiantarão. O que precisa ser feito é o seguinte: cada qual com seu crime deveria ser relacionado e os “assaltos” contra a população devem ser todos explicados, sem textos difíceis e sem nomenclaturas técnicas. Fica bem mais fácil se for feito assim: deputado X roubou dinheiro público, deputado Y mentiu e se aproveitou de seu cargo para tirar proveito, ministro Z ficou rico às nossas custas e o Presidente L sabia de tudo sim e nada fez.
Não podemos nos esquecer que nem tudo foi mostrado. O que foi dito até agora foi apenas o denunciado e apurado pelas comissões, que, aliás, são compostas por membros dos partidos envolvidos. Observamos calados as notícias do pífio crescimento que nossa economia teve e assistimos passivos o repasse de nossos impostos a juros bancários, o que impede o desenvolvimento das áreas que mais necessitam de força em nosso país, tais como, saúde, educação e infra-estrutura.
O poder que o povo concede a um partido que oferecia a esperança ao mais fraco faz com que o pobre dia a dia se torne mais dependente e escravo desse sistema que alimenta apenas suas ramificações. Enganar o povo foi mais fácil do que era previsto, pois a receita era óbvia demais e o sucesso foi implementá-la aos poucos. Oferecer o mínimo aos que nada têm foi o caminho para o poder. Agora com a máquina em mãos, a perpetuação fica muito mais fácil.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Velhos jornais e futuro

Encontrei um passatempo diferente esta semana. Recordar. Estou remexendo os velhos jornais à procura de velhas notícias. Não tenho um arquivo muito grande, teria acesso se isso eu quisesse, mas não é o caso. Dois anos me bastam. O que me interessa está impresso em um passado muito recente.
Encontrei muita coisa nas capas dos velhos jornais. A maioria eu já havia lido, como o casamento que não deu certo de Ronaldo e os preparativos da seleção brasileira para o hexacampeonato. Ainda no esporte, não certo da porcentagem exata, acredito que a maioria absoluta das páginas, o São Paulo F.C reinou soberano em suas conquistas. Muita gente morreu – de velhice e de bala no peito. Guerras estampavam as capas, ditadores eram presos, inocentes assassinados.
No cenário político brasileiro, aconteceu tanta denúncia que é difícil catalogar, mas estou tentando. Explodiu a bomba sobre os escândalos do mensalão, que foi a compra de votos dos parlamentares, a corrupção na área da saúde, o caso das sanguessugas, os dólares pagos em paraísos fiscais ao publicitário Duda Mendonça, dólares na cueca, os pagamentos não autorizados de Paulo Okamotto, sem esquecer dos investimentos da Telemar na empresa de Fábio Luís Lula da Silva, - o Lulinha. Parlamentares de vários partidos foram envolvidos em muitas dessas acusações. CPI's foram pedidas com a intenção de encontrar e punir os envolvidos. Alguns foram cassados, outros renunciaram. As campanhas eleitorais desse ano nos ajudam a lembrar das caras dos envolvidos, pois eles estão querendo voltar. Ou, melhor dizendo, continuar o que nunca deixaram de fazer – enganar o povo e enriquecer às custas do país.
É coisa demais para ter ficado somente na capa dos jornais passados. É sujeira demais para se esquecer. Eu até posso tentar deixar de lado parte dessas denúncias, mas não consigo. É impossível. O conjunto da obra é fundamental. Falcatruas e canalhices não podem passar em branco, ainda mais quando a continuidade do processo está em jogo com o ano eleitoral.
Confesso que eu estava um tanto ansioso para o início da campanha deste ano. Não por eu ser daqueles que gostam de "barracos" eleitorais ou showmícios de escândalos. Estava ansioso sim, mas pelas explicações e pelas propostas. Inocente, eu acreditava que para seguir em frente, a frase pronta que caiu como uma luva nas mãos do presidente, "eu não sabia", ficaria para trás e ele, como governante da nação que vem mais uma vez pedir votos para a reeleição, explicaria o que não tem explicação. Não aconteceu. A situação é cômoda e permite o distanciamento. Os cofres estão cheios para comandar da forma que bem interessar as reformas necessárias à perpetuação. As pesquisas, encomendadas ou não, fornecem o mais favorável dos dados, além de mostrar aquilo que parece inadmissível – os eleitores estão desinteressados com a campanha deste ano. O cenário é o mais belo cartão postal, que os adversários ao que me parece, não estão dispostos a estragar. Não agora. Não compensa.
Hoje, as coisas estão desse jeito. Talvez estejam assim de forma premeditada. Mais quatro anos dessa continuação pregaria o final desse partido. É justo esperar este período, o prêmio é grande. Isso é o que acreditam os adversários, ao analisarem a falta de um substituto para a última pilastra sólida que resta a este condenado partido – o presidente. Talvez, em um futuro não muito distante, ao abrir um jornal, encontremos um cronista que comece seu texto da seguinte forma: "Era uma vez, um partido que era regido por um estrela, mas esta se apagou ..."

sexta-feira, agosto 18, 2006

Com defeito eu não compro

Não quero comprar nada. Vendedores de todas as áreas e todos os ramos não percam seu tempo oferecendo-me qualquer um de seus produtos. Não quero, não preciso. Muito obrigado.
Operadores de telemarketing são treinados em diferentes níveis para que aprendam a vender o desnecessário. Campanhas publicitárias são criadas e aperfeiçoadas para buscar novos consumidores. Slogans e dingles entram na nossa mente e desapercebidos nos vemos cantando a ordem de compra subtendida.
Ligo a televisão e vejo, no rádio eu escuto, no jornal e na internet eu leio, pode esperar que sempre vão estar lá, as imperdíveis promoções de produtos que não vão mudar a minha vida.
É assim todos os dias, todos os anos. O que muda é o produto.
Começou a exposição de novos e velhos "produtos" que, esses sim, mudarão nossas vidas – para melhor ou pior. Ano eleitoral é assim, um show de performances ensaiadas, terinadas a exaustão e executadas com louvores. Os candidatos estão na mídia em plena atividade circense. Cada um deles, cercados de seus amigos marketeiros tentam vender seu peixe mais uma vez, que no caso é ele mesmo quem está a venda pelo valor de seu voto.
Tem gente que pede desculpas em cadeia nacional pelos erros cometidos na gestão passada. Como errar é humano e pedir desculpas é fácil, por quê não tentar de novo? Fazem isso da mesma forma que uma empresa faz quando comete um erro ou engano – vão aos meios de comunicação e dizem que não vai mais acontecer. Pura canalhice. O que eles não entendem é que, enganar o eleitor que depositou sua confiança e seu voto na esperança de que o país prosperasse e ao invés disso receberam perplexos as manchetes de corrupção, é muito mais grave que um problema técnico apresentado por um carro. Usar um cargo público para obter vantagens pessoais e com isso avacalhar a imagem do Brasil é muito mais sério que uma TV que distorce a imagem. Quem rouba deveria ir para a cadeia, mas quem rouba, engana, passa por cima de interesses coletivos para benefício próprio, trai uma nação toda, estes, deveriam queimar no inferno. Mas, como a memória da população é dita curta e o salário é bom, eles vão tentar a mamata dos proventos e da impunidade novamente.
Parece mentira. Antes fosse. Os mesmos envolvidos nos escândalos que abalaram o país estão em plena campanha. Aqueles mesmos que foram mostrados por todos os ângulos, em todos os canais e em todas as capas de jornais desse país. Condenados pelas CPI’s e pela opinião pública, eles voltaram. Lembram dos que renunciaram? Pois é, também estão de volta. E dos velhos ladrões assumidos, você lembra? Estão em campo, pode procurar. "Votem em mim, que eu não farei mais nada de errado. As pessoas cometem erros e estou arrependido." – é o que estão dizendo. Será? Eu não acredito.
Comecei escrevendo este artigo afirmando que eu não quero comprar nada. É verdade. Não tenho a intuito de comprar nem uma tampinha de refrigerante. Marqueteiros, obrigado. Não quero seus produtos. Não vou comprar um candidato confirmadamente corrupto. Não compro de jeito nenhum. Pode barganhar. Pode bombardear minha cabeça com os mais elaborados discursos e frases feitas que eu não caio nessa. Sorrir nos mais diferentes ângulos e prometer maravilhas não vai mudar minha opinião. Prometam o que quiserem. Mesmo se for verdade o que dizem – estarem arrependidos – EU NÃO COMPRO.
Candidato com defeito eu não quero. Meu voto vale muito e preciso ser sábio na escolha que farei na hora de gastá-lo.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Uma Homenagem e nada mais

As datas comemorativas são tratadas pela indústria e pelo comércio como uma possibilidade real de aumentar as vendas e assim fazer crescer o faturamento. Campanhas publicitárias nos lembram a cada minuto na TV, a cada página virada do jornal, em todos os clicks pela Internet que mais um dia especial está chegando e assim nos oferecem as mais diversas possibilidades de presentes.
Pois bem. A bola da vez são os pais. Aquele mesmo que aparece sorrindo nos comerciais, abraçando seu garotão por ter ganho um novo celular. Ou aquele outro que feliz da vida com sua nova furadeira elétrica, distribuí beijos em sua filhinha. Sem falar naquele outro que com lágrimas nos olhos, esquece das palavras e não consegue agradecer o novo terno. Imagens e mais imagens incentivando o consumo. Propagandas que visam sensibilizar os filhos, como se houvesse a necessidade do presente para que o pai lhe gostasse um pouco mais.
O motivo do artigo é homenagear os pais e não criticar o consumismo. O que escrevi nas linhas acima foi somente para lembrar que cada pai desse Brasil merece um forte abraço no seu dia. Com ou sem presente, o dia por si só já é especial.
O pai é para a criança o exemplo, para o jovem o abrigo e para a esposa o eterno companheiro. A obrigação do chefe de família vai além do sustento, ultrapassa os limites do dinheiro e se solidifica nos alicerces da proteção. Acordar de noite com o som do bebê chorando e meio sem jeito cantar uma canção que por si só acalma a criança – isso é ser pai. Receber uma ligação no meio da noite e sair debaixo de chuva para buscar o filho na casa de amigos é tarefa para poucos, mas nunca negada pelo verdadeiro pai. Chegar cansado do trabalho e pacientemente ensinar a difícil matemática de sua filhinha é coisa de pai. Enfrentar horas e horas de fila e sol quente, em dia de jogo, só porque o caçula resolveu que queria ir ao parque de diversões é motivo de sobra para reafirmar o cargo de super paisão.
Pai joga bola, leva na escola, solta pipa, compra figurinha, leva no estádio, brinca de cavalinho, joga amarelinha, deixa dormir junto, assina a agenda, monta quebra-cabeças, participa de gincanas, conta histórias, vibra, torce e chora pelo filho e pela filha em todas as oportunidades. O mais simples dos feitos realizado pelo Junior ou pela Pequena é motivo de orgulho e comentários inflamados do pai coruja.
Exemplos de fatos e feitos realizados pelos grandes heróis da criançada são tantos que não existe a menor possibilidade de tentar enumerá-los, no entanto, podemos fazer uma busca rápida pela memória e lembrar de algo maravilhoso que nossos pais já fizeram por nós.
Os filhos crescem e de uma maneira ou de outra, a proximidade com os pais se altera. Seja por conveniências da profissão, seja por motivo de estudo ou pela continuação natural do ciclo – o casamento. Existem também aqueles que voltam. Por um motivo qualquer, ou por peças pregadas pela vida, muitos filhos e filhas voltam para o mais seguro de todos os portos do mundo, a casa do papai.
Se você tem pai, aproveite cada minuto que puder ao lado dele, crie lembranças que farão diferença um dia em sua vida. Se não tem, lembre-se de como ele era, busque no coração os melhores momentos que tiveram juntos e celebre este dia como se ele estivesse com você.
Por todos os minutos e segundos de dedicação que cada pai desse mundo dedicou ao seu filho, ele merece uma homenagem. Merece o mais sincero dos abraços e o mais terno dos beijos. Que este Dia dos Pais seja tão especial para você papai, como tu és para seus filhos.
Diante de tanta coisa ruim que vemos, ouvimos e lemos todos os dias, desejo um domingo de paz e alegrias para todos os pais e todas as pessoas desse Brasil.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Uma rotina de marcas

São 8:00h da manhã. O rádio relógio da Panasonic já cansado de tocar espera para ser desligado. Sonolento, me vejo no espelho do banheiro tateando sobre a pia o creme dental Colgate e minha escova de dente elétrica da GE. Com pouca vontade, uso o fio dental Oral B e por último, refresco o hálito com o enxaguante bucal Listerine.
Já vestido com meu jeans velho de guerra da Levis, procuro no guarda roupas minha camisa Calvin Klein. Com os cadarços de meu sapato Samelo ainda desamarrados, chego na cozinha onde abro minha geladeira Brastemp e pego o leite Parmalat que vai dar vida ao crocante sucrilhos Kellogs. Um sanduíche de presunto e queijo sai quentinho da lancheira Arno e meu iogurte Nestlé finaliza meu desjejum.
Ainda mastigando entro na garagem que, entre um Pegeout e um Fiat, reina soberano o “mais querido do Brasil”, o Gol da alemã Volkswagem. O pneu Goodyear da frente de meu carro já aponta os sinais da alta quilometragem e se mostra mais careca do que o devido.
Rotina. O trânsito é o mesmo todos os dias, carros e mais carros das mais diferentes montadoras se acumulam nas avenidas da cidade. Pela janela, enxergo um outdoor que mostra uma bela moça matando a sede com Gatorade. Enquanto espero o fluxo, meu celular Samsung toca e do outro lado da ligação, meu chefe me avisa daquilo que já sei – estou atrasado.
Faço o possível e o impossível para não cometer nenhuma infração e chegar o mais rápido que posso ao escritório. Mas, o não esperado acontece: fico sem gasolina. Sorte a minha que a poucos metros encontro um posto Esso e sem mais delongas, finalmente chego ao trabalho.
Recebo uma advertência pelo atraso e com meu humor, a esta hora já bastante alterado, sento em minha cadeira e ligo o monitor LG. O computador IBM com processador Pentium demora alguns instantes para iniciar, até que a tela azul do Windows me convida a começar o que já devia estar adiantado – meu trabalho.
As pessoas em minha volta em situações não muito diferentes que a minha, correm contra o tempo para que tudo termine no prazo. Por um breve instante, olho para o chão e com uma rápida busca pelo recinto, vejo pés calçando tênis dos mais diferentes fabricantes: Nike, Adidas, Puma e por aí vai.
O tempo passa. O telefone Siemens toca sem parar. A impressora HP descarrega ininterrupta, folhas e mais folhas impressas. Noto por um momento a quantidade de caixas de papel Chamex Office que foram usadas no dia.
Estico os braços, alongo o corpo. Consulto meu relógio Timex de pulso e fico feliz, pois ele está marcando exatamente o que meu organismo me alertara – hora do almoço.
Sozinho, caminho menos de uma quadra e entro no Mac Donalds. Comida rápida que facilita a minha escolha pela mesmice dos sabores – qualquer número serve. Satisfeito? Ao menos parece. Hora de voltar para minha mesa. Termino o que restava do meu “balde” de Coca-Cola e, outra vez estou diante do meu companheiro teclado Dr. Hank.
A parte da tarde passa sempre mais devagar. Se ao menos eu ganhasse o suficiente para comprar um Ipod da Mac, o som relaxante do Pink Floyd me ajudaria em minha empreitada.
Fim do dia. Já é hora de voltar para casa. Mal vejo a hora de me esticar em minha confortável poltrona, ligar a TV Philips, colocar um DVD que aluguei na Blockbuster, no aparelho da Sony e aproveitar o que me resta do dia, saboreando o inigualável Jack Daniels beliscando uma deliciosa batatinha Pringles.
Pois é, caro leitor, notou algo peculiar neste artigo? Percebeu como podemos excluir totalmente de nossa rotina, as marcas nacionais. Algo está errado. Não acha?

segunda-feira, julho 31, 2006

Prevendo o Futuro

Eu vejo o futuro. Todos os dias, em todos os lugares, em tudo que me rodeia, eu vejo as coisas em constante mudança. Não só coisas mudam, as pessoas e seus comportamentos também.
Passeando pelas ruas da cidade, vejo coisas que me fazem pensar. Novos carros, com novos acessórios, novos equipamentos e novas formas tomam conta da cidade. Crianças brincam com armas espaciais e se comunicam com seus modernos celulares que de tão sofisticados não faltam nem falar. Os bichinhos de estimação são levados a caríssimos tratamentos que do básico só nos resta a lembrança das tosas e banhos. No supermercado, circulando desapercebido pelas prateleiras de vinhos, uma voz suave emitida por um mini plasma sugere a você a escolha de um Cabernet para saborear o inverno degustando um bom queijo. As antigas promoções publicitárias que antes convidavam o consumidor ao sorteio que se dava pelo envio de cartas, nos tempos da modernidade fornecem agora, um número para o qual um “torpedo” deve ser enviado pelo celular para que se concorra a grandes prêmios. Era realidade até pouco tempo a ansiedade da espera pela revelação de uma foto, a surpresa se a pose tinha saído boa, ou se a luz havia preenchido legal o enquadramento. Passado. Hoje as novíssimas câmeras digitais nos mostram na hora o que foi fotografado e podemos corrigir o erro ali mesmo.
A gama de transformações é tão grande e os indícios de novos tempos são tantos que eu poderia encher tantas linhas quanto forem necessárias e sempre seriam insuficientes para detalhar exatamente as mudanças.
Pesquisas são mais do que necessárias nos dias de hoje. Adiantar o futuro é mais que uma meta, é uma obrigação daqueles que querem ser maiores do que os outros. Estou falando das grandes empresas que gastam milhões e milhões em pesquisa de novas tecnologias e usam os artifícios que se mostrarem necessários para atrair os jovens talentos de suas universidades para seus laboratórios. Ganha mais aquele que investe mais em talentos.
Abrindo um pouco o horizonte, passando as barreiras físicas das multinacionais, vemos a mesma iniciativa nos países desenvolvidos. Gigantes econômicos investem pesado em pesquisa e fazem da maneira correta, ou seja, começam pela educação de base. Podemos acompanhar pelos jornais, o empenho que a China está tendo em educação para que num futuro próximo comece a ditar as tendências mundiais.
Agora eu pergunto: E o Brasil? Até quando o assunto educação vai ser tratado em segundo plano em nosso país? Com tanto potencial é inadmissível que estejamos tão atrasados em relação ao resto do mundo. As proporções de gigante territorial deveriam ser mais que suficientes para que nossos governantes pautassem os seus compromissos para discutir a fundo o tema. O Brasil precisa correr contra o tempo e começar a investir pesado em educação de base pra não ser um eterno importador de tecnologia. Precisa incentivar que a criança fique na escola. Tem a obrigação de dar suporte e estrutura para a formação de bons educadores e com isso a proliferação de bons alunos seria inevitável.
É preciso crescer e para crescer é necessário educar. O problema da educação, que existe em nosso país, se resolvido, contribuiria, e muito, para a amenização de tantos outros problemas que nossa população sofre. Um país para ser forte precisa ter bases. Escola de qualidade é o primeiro passo para ser grande. Educar para ser respeitado. Educar para ditar as novas leis. Educar para firmar de vez o orgulho de ser brasileiro. Assim, em um futuro próximo, o Brasil passaria de importador de tecnologia para a condição de pólo do conhecimento.

domingo, julho 23, 2006

O MUNDO ESTÁ MUDANDO

É pouco provável que o mundo mude amanhã. Não é de uma hora para outra que as mudanças acontecem. Tudo é entrelaçado de tal forma que para o mundo sofrer mudanças perceptíveis seria necessário muito tempo. Acontece que esse tempo já está sendo contado e um futuro não muito distante nos trará surpresas que há tempos estão sendo anunciadas.
Em tempos de mundo globalizado, o termo distância deve assumir dois sentidos: a distância entre as fronteiras diminuirão com a modernização dos transportes e meios de comunicação e a distância que separa os países ricos dos pobres aumentará cada vez mais.
A revolução tecnológica mostrará sua força de exclusão. Os avanços disputados entre as mega empresas com teores de filmes de espionagem não beneficiarão a todos igualmente e o abismo social que hoje já sentimos em relação à divisão de classes se tornará maior.
Os países tradicionalmente conhecidos como “importadores de cérebros”, sentirão na carne a diminuição desse fluxo de pessoas, visto que os países de origem desses gênios despontam como futuras potências mundiais, haja visto a China e a Índia.
As previsões já apontam uma mudança de posições entre os países que hoje ditam as regras do jogo. Em 2010, o PIB da China deverá superar o da Alemanha e em 2017 o poderoso asiático Japão perderá seu posto de segunda potência mundial para os chineses. Aumentando a linha de visão dessas projeções, em um futuro um pouco mais distante, a China alcançaria e passaria o PIB dos Estados Unidos da América em 2043, tirando assim a hegemonia norte-americana.
Muitos de nós iremos assistir o surgimento de novas potências mundiais e presenciaremos os esforços das potências tradicionais tentando manter-se no topo. Essa troca de lugares se dará por uma série de motivos, entre os quais podemos citar o crescimento econômico, a evolução tecnológica e investimentos de peso em educação.
Um problema que deve ser levado em conta na hora de se fazer uma análise do possível abatimento econômico europeu, é o envelhecimento da população. Com as melhorias que a medicina e a tecnologia industrial trouxeram nos últimos anos, os países europeus aumentaram a expectativa de vida de sua população de maneira tal que a previdência não pôde acompanhar esse aumento que foi diretamente refletido nas aposentadorias e com isso, desafios de ajustes orçamentários já podem ser sentidos.
Em contrapartida, o número de jovens diminuiu, devido não somente ao envelhecimento da população, mas também pela cultura européia em relação ao número de filhos que o casal deve ter. Com isso, a população economicamente ativa diminuiu e a demanda por mão-de-obra tende cada vez mais a aumentar. Com um número reduzido de jovens e um elevado número de idosos, os países poderosos tendem a reverter o ciclo de crescimento, preocupando assim os índices econômicos que já prevêem períodos de recesso.
O futuro já começou. Mudanças estão acontecendo e continuarão de tal forma que é improvável prevê-las com precisão. O grande salto para o sucesso será dado por aqueles que observarem com calma e de maneira global o que os indicadores apontam. O Brasil tem tudo nas mãos para ser um desses países que se destacarão. Pensar em todo o processo e como ele evoluiu é necessário, mas o que vai fazer a diferença de fato é o modo que os governantes pensarão o presente. Construindo bases, fica evidente uma despontada para as lideranças mundiais. As grandes transformações estão anunciadas. O dimensionamento de tais mudanças fica a cargo de cada país, com a diferença que aqueles que estiverem mais solidificados em suas economias e com verdadeiro anseio de progresso e liderança sairá na frente.

sábado, julho 15, 2006

Johannes Gutenberg


Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg considerado o pai da mídia impressa.

quinta-feira, julho 13, 2006

PROMESSAS E CAMPANHA

Qual será a próxima promessa a não ser cumprida pelos nossos candidatos a governantes?Adianto o tema, pois com certeza uma avalanche de discursos inflamados será usada com o intuito de “colher” o seu voto.É notório o esforço que os políticos fazem com suas medidas eleitoreiras que tem como objetivo único sua manutenção no poder.Depois de um ano cheio de denúncias, a mesmice reina em nosso país. É como se nada tivesse acontecido, nenhuma corrupção denunciada e patifaria alguma revelada. Seria um problema de memória da população? Ou, seria falta de exposição da mídia daquilo que aconteceu? Nenhum, nem outro. Assistimos ao vivo o “show” que os políticos encenaram em pleno congresso nacional. Fomos bombardeados com inúmeros depoimentos e revelações nas tais CPI’s.Na minha opinião, o cidadão quando vota, tenta escolher o melhor para ele e para sua família. Tenta, ao apertar os números de seu candidato na urna no dia da eleição, escolher um governante que cumpra aquilo que prometeu. Pensar que todos são corruptos seria o mesmo de não acreditar em um país justo e, assim sendo, a vida seria muito mais dura.O brasileiro tem esperança. Acredita que as coisas podem sim melhorar. Vota com o coração e escolhe com seu voto o melhor para seus iguais. Pois bem, o que acontece de errado então?Ao anunciar seus programas de governo, os candidatos gastam milhões em publicidade para que sua imagem seja associada à sua promessa.Promessa essa, que não se concretizará durante os quatro anos de mandato e apenas parte dela será usada com outros fins, não muito nobres, diga-se de passagem.Os candidatos são eleitos. De posse de seus cargos, as promessas de campanha deveriam virar projetos de trabalho e metas a serem alcançadas. Mas, não acontece dessa forma. Os melhores “trunfos” dos agora governantes só são usados nos últimos meses de seus mandatos para que isso seja relevante na hora da nova eleição. As promessas que deveriam ser cumpridas ou ao menos iniciadas imediatamente após a posse do eleito, são guardadas e esquecidas por todo o período de quatro anos até que a reeleição esteja próxima.A distância que se estende da Promessa de Campanha até a Concretização do Prometido é tamanha, que se torna inaceitável dar valor a um candidato que trata a população com essa total falta de respeito e seriedade.Vivemos em um país onde não existe legislação eleitoral específica que assegure o cumprimento de qualquer que seja a promessa feita em período de campanha.O que fazer, então, para escolher a melhor opção? É preciso aprender a distinguir uma promessa mirabolante de uma proposta viável que provavelmente será efetivada ao longo dos quatro anos. Para isso, é necessário conhecer o que já foi feito pelo candidato ou seu partido anteriormente. Deve-se também analisar os problemas principais da população e associar ao plano de governo proposto. Fazer uma leitura minuciosa daquilo que é dito na propaganda eleitoral gratuita veiculada pela televisão e pelas rádios. Conhecer de fato a pessoa à qual você entregará seu voto. Votar só por votar é o mesmo que assinar um cheque em branco a uma pessoa que você pouco conhece e autorizá-la a gastar da forma que bem entender. Acreditar em tudo que é dito sem questionar é aceitar uma vida dirigida por outros. Da mesma forma que temos o direito de votar, temos o direito de cobrar daqueles que se elegeram para que trabalhem seriamente e com honestidade, honrando assim nosso voto e nosso país.É claro que, apesar de todas as precauções tomadas, não podemos assegurar completamente que não haverão propostas não concretizadas. Conhecer, analisar e escolher um candidato é a trilha que deve ser percorrida em época de campanha. Assim feito, o eleitor poderá, enfim, votar de forma mais consciente para que nossa democracia dê mais um passo rumo a um país mais justo.

PRATICAR CIDADANIA

Se o mundo fosse um lugar justo, uma porção de textos jornalísticos seriam desnecessários e com isso um número grande de temas não seriam discutidos. Não é o caso.O mundo não é justo e o nosso país faz parte e colabora com essa injustiça.No Brasil real, onde os problemas são mais impressionantes que as lindas paisagens para exportação, o povo sofre. Em um país com tantos recursos e tanta terra, a população passa fome e não tem onde morar. Os problemas são os mais diversos e começam onde não deveriam - no Poder.A estação mudou. Chegou à vez do inverno que já vem se mostrando desde o mês passado. O frio é comentário para alguns, mas para muitos é sentido na pele. Todo ano é a mesma coisa - Brasileiros morrem de frio.Já podemos ver as famosas campanhas do agasalho. Espalhadas pelos principais supermercados da cidade, colocadas em lugares estratégicos, as típicas caixas de papelão com os dizeres: “DEPOSITE AQUI SEU AGASALHO”, ou “DOE CALOR PARA QUEM TEM FRIO” podem ser vistas.Você pode passar reto por umas dessas caixas sem ao menos pensar no assunto, mas saiba que as doações são importantes sim. Tão essenciais quanto todas as campanhas que se faz em território nacional. A solidariedade de cada um é cada vez mais necessária. Ter uma casa neste país é privilégio. Almoçar e jantar neste país é luxo para poucos. Deitar em uma cama quente e cobrir-se com um macio cobertor é o sonho de muitos.Não é a minha intenção medir a importância das coisas. Os problemas são por si só reveladores das necessidades de cada ocasião. É revoltante pensar que tem gente que passa fome e que não é por falta de alimentos e sim por falta de governo. O problema da distribuição de renda é tão gritante no Brasil que o básico tornou-se escasso. Comida, água e moradia. Falta de tudo um pouco ao brasileiro. Falta trabalho para o povo poder se manter. Falta dinheiro para comer. Falta escola para se formar cidadãos. Falta hospital para cuidar da população. É notório também o quanto se fala desses problemas e pouco se faz a respeito. Campanhas de governo prometem soluções em curto prazo para este tipo de situação que nem deveria existir. Em ano de eleições novas promessas serão feitas. Muito dinheiro será gasto para convencer você de que a solução para este país tão desigual está em suas mãos com seu voto. A corrupção pela qual o país passou e continua passando é vista pela população como o maior dos males que o Brasil sofre. Os mesmos sujeitos que foram mostrados nos telejornais e tiveram seus rostos estampados nas capas das principais revistas e jornais por causa das CPI’ S vão mais uma vez pedir para que confiemos neles. A incrível repercussão dos escândalos que chacoalharam o país será relembrada com todo o vigor nas campanhas deste ano. É justo, faz parar para pensar mais uma vez que algo está errado.Votar é mais do que escolher alguém. Eleger o “menos ruim” não é a solução e este tipo de pensamento perdura aquilo que não está bom. Votar é lembrar de uma porção de coisas que estão erradas e escolher um candidato que se lembre de que:TEM BRASILEIRO SENTINDO FOME.TEM BRASILEIRO SENTINDO SEDE.TEM BRASILEIRO SENTINDO FRIO.TEM BRASILEIRO SENTINDO RAIVA DE OUTROS BRASILEIROS QUE SEMPRE SE SENTEM BEM.Como o tema desse texto era lembrar que existem brasileiros passando frio, termino com um pedido. Doe um agasalho. É preciso praticar a cidadania. Não é esporte, mas enaltece de uma forma exemplar e nos faz lembrar que somos melhores do que aqueles que estão no poder.

VERDE E AMARELO PIRATAS

Acontece todos os dias. Só não vê quem não quer. Não é escondido, tampouco camuflado. A pirataria é mais que um fato. É uma organização.Não é preciso ir longe para encontrar o problema. Instalados no coração da cidade, em plena atividade, os camelôs oferecem seus produtos para qualquer um, a qualquer hora do dia, sob as barbas das autoridades.Hoje em dia, esse tipo de comércio, ainda chamado de “informal”, evoluiu. As bugigangas “importadas” continuam expostas, lado a lado com as grandes grifes tecnológicas. Era comum, anos atrás, comprar um radinho de pilhas, um relógio e mesmo peças de vestuário - todos falsificados. O que se pode ver hoje, espantaria os menos avisados.DVD’s players portáteis, artefatos de computador, tocadores de mp3, som para carro, videogames, aparelhos de celular, tudo isso sem falar dos principais títulos de filmes, que ainda estão em exibição nas grandes salas do Brasil e que já podem ser encontrados nas mãos dos negociantes.O negócio se modernizou tanto, que os pagamentos que eram sempre feitos em dinheiro, agora podem ser realizados de diversas maneiras. São aceitos todos os tipos de cartões - tanto os de débito quanto os de crédito. Máquinas instaladas nas barraquinhas facilitam as vendas e impulsionam o comércio.Em tempos de Copa do Mundo, como não podia deixar de ser, os camelôs funcionam a todo o vapor para o evento. A exposição de materiais esportivos é tamanha, que é possível encontrar a camisa de qualquer uma das 32 seleções participantes do mundial.O problema existe e é antigo. Tem muita gente que ganha com o “comércio informal”. Por outro lado, muita gente perde. O Estado perde em arrecadação de impostos. O cidadão perde pela falta de qualidade dos produtos adquiridos. O Brasil perde respeito pois é visto como uma das vitrines da pirataria mundial.A Copa do Mundo que é o evento de maior importância do futebol, ao mesmo tempo que tira a atenção das autoridades para o problema, expõem nos mais variados tons de verde e amarelo a incapacidade da administração pública.

O QUE É NOTÍCIA E O QUE É JORNALISMO

Bomba! Bomba! Era assim, que na década de 70, Ibrahin Sued, colunista social, mas que se envolvia com comentários políticos, deixando os militares de cabelo em pé, anunciava uma notícia que pretendia ser um furo de reportagem!Trinta anos depois, José Simão, o irreverente colunista da Folha, destila todo o seu veneno anunciando: Buemba! Buemba! A intenção é sempre a mesma: valorizar a notícia! Dar a ela a força e o impacto do ineditismo.Há, entretanto, algo a considerar. Nem só de furos vive um jornal. Ele vive da veracidade de suas informações, do texto bem elaborado, da confiabilidade de suas fontes.O jornal, para ter vida longa e credibilidade, precisa ter isenção de ânimo, ser apartidário e ter em seus editoriais, posições absolutamente definidas.O jornalismo é uma forma de comunicação, de informação e de compromisso, mas dizer apenas isso não é suficiente para definir esta ferramenta. Para uma explicação mais completa é preciso uma análise profunda, buscando sua origem na construção da história, na invenção da escrita, na articulação da fala e de seus respectivos suportes de registro.As bases de registro evoluíram com a humanidade através da história. Nos primórdios, gravavam-se em pedra informações a serem guardadas; depois com a descoberta do papiro e do pergaminho e a invenção do papel, ficou mais fácil registrar o mundo em que se vivia, chegando aos dias atuais, nos quais computadores exercem essa tarefa de maneiramais segura.A transmissão dessas informações armazenadas ocorreu pela primeira vez em 69 a.C em Roma. Neste período, o imperador era Júlio César, que detinha em suas mãos um poder político extraordinário, e foi ele quem deu origem ao que se conhece hoje por notícia.
conhecimento, ou seja, um relato de um fato ou de uma novidade. JúlioCésar colocou aos olhos do povo, sua "Acta Diurna", expressão que deuorigem a palavra jornal. Essa é a primeira publicação que se têmconhecimento, e se assemelha ao atual Diário Oficial, no qual osdiscursos dos senadores eram gravados em tábuas afixadas nas ruas como intuito de que o povo tomasse conhecimento das atitudes do senado.A principal característica do jornalismo é transmitir o cotidiano,tratando de coisas atuais, noticiando ao mundo os fatos de forma clarae objetiva. A transmissão de uma notícia exige uma noção de realidadeapurada e o jornalismo com sua influência através dos meios decomunicação na formação da opinião pública, torna-se uma ferramentaséria, que deve ser usada de forma ampla e não excludente. Ojornalista é quem traz a notícia ao público e como profissional deveexercer sua função de maneira que seu trabalho englobe respeito eseriedade.O jornal precisa informar, instruir e atualizar, tarefa árdua, mas,extremamente gratificante. Um jornalista, na acepção da palavra, é umcidadão do mundo, um homem de seu tempo, mas, com a capacidade inatade transcender a cronologia."

A palavra notícia significa nada mais nada menos que informação, conhecimento, ou seja, um relato de um fato ou de uma novidade. Júlio César colocou aos olhos do povo, sua "Acta Diurna", expressão que deu origem a palavra jornal. Essa é a primeira publicação que se têm conhecimento, e se assemelha ao atual Diário Oficial, no qual os discursos dos senadores eram gravados em tábuas afixadas nas ruas com o intuito de que o povo tomasse conhecimento das atitudes do senado. A principal característica do jornalismo é transmitir o cotidiano, tratando de coisas atuais, noticiando ao mundo os fatos de forma clara e objetiva. A transmissão de uma notícia exige uma noção de realidade apurada e o jornalismo com sua influência através dos meios de comunicação na formação da opinião pública, torna-se uma ferramenta séria, que deve ser usada de forma ampla e não excludente. O jornalista é quem traz a notícia ao público e como profissional deve exercer sua função de maneira que seu trabalho englobe respeito e seriedade.O jornal precisa informar, instruir e atualizar, tarefa árdua, mas, extremamente gratificante. Um jornalista, na acepção da palavra, é um cidadão do mundo, um homem de seu tempo, mas, com a capacidade inata de transcender a cronologia.

VIVENDO UMA VIDA DE LIVROS

O homem é a única espécie capaz de contar histórias e muitas delas transformam gerações. A criança se encanta com um conto de fadas, os adolescentes descobrem os romances e por eles traçam uma verdadeira paixão que os acompanha até o fim de seus dias. A literatura tem esse poder: provocar paixões no leitor.
No decorrer dos anos, as diferentes escolas literárias construíram de maneira linear um novo jeito de se contar o mundo. Autores especializaram-se em categorias, criando clássicos que encantam pessoas através dos anos. Mundos foram idealizados, personagens imaginados e com eles uma legião de sonhadores transmitiram suas emoções aos seus filhos que passaram aos netos e assim por diante.
Quantos pais não devem ter indicado aos seus filhos as mágicas histórias de Pedrinho, Narizinho, Emília e toda a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo de Monteiro Lobato, os mesmos personagens que os fizeram rir, se emocionar, e até mesmo aprender sobre história, geografia, mitologia, gramática e matemática em sua infância?
Quem um dia leu Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, provavelmente se imaginou tão pequeno quanto um ratinho para poder transpassar pela portinha que dava acesso a um mundo mágico.
Infinitas páginas propostas aos adolescentes por seus professores foram devoradas prazerosamente acompanhando os romances, as tragédias e as aventuras. As meninas se apaixonavam junto com Capitu em Dom Casmurro de Machado de Assis e os rapazes eram heróis como Peri, o Guarani de José de Alencar.
Numa época na qual, computadores e videogames predominam na preferência da garotada, surgem histórias recheadas de magia e fazem as crianças retomarem o gosto pela leitura. Na distante ilha da Grã Bretanha, mais precisamente na Escola de magia e bruxaria de Hogwarts, o bruxinho Harry Potter, na companhia de seus inseparáveis amigos, trava novamente uma batalha do bem contra o mal, que leva os “novos leitores” a mergulhar no mundo da escritora J.K. Rowling.
Felizmente, uma vez adquirido, o gosto pela leitura é para sempre. O bom leitor, apesar de ter suas preferências, tem o hábito de apreciar diferentes gêneros. Vai do terror de Edgar Allan Poe ao humor de Manuel de Almeida e seu Sargento de Milícias. Lê do clássico Thomas Mann aos best-sellers de Sidney Sheldon. É fã da prosa de Eça de Queiroz, mas não descarta a poesia de Fernando Pessoa. O prazer de novas descobertas ultrapassa os limites territoriais. Não existe discriminação quanto à nacionalidade do autor.
Não há maneira melhor de transmitir emoção do que por meio de uma história. São elas que carregam a magia de construir a felicidade dentro de cada um. Cada livro lido nos muda de determinada forma e cada um deles é diferente do outro, desde a essência até a transformação final que acarretará em cada leitor. A história pessoal de cada um pode ser contada também pelos livros que leu durante a sua vida toda. O ser humano ao deixar a vida terá consigo uma seqüência de livros lidos diferente de todas as outras pessoas. E isso, acredite, é Único.