sexta-feira, setembro 22, 2006

O Brasil está em xeque


O país está em xeque. O momento é decisivo. Uma jogada errada fará com que todos percam. Fomos avisados. Todos os dias. Somos avisados. Todos os dias. Se ainda não sabe o que está acontecendo, abra o jornal de hoje e leia ao menos as manchetes. Uma quadrilha de proporções fantásticas enraizou-se nas entranhas de nosso Brasil e está sugando todo o elixir de esperança que sempre abasteceu os corações do povo brasileiro. O orgulho nacional foi atingido. É preciso um basta. É preciso que a corja que está no poder seja punida de maneira exemplar. O que acontece com esses políticos? Enganar e trair seu próprio povo é muita baixaria. É ausência de caráter. O dia da eleição é o momento do lance crucial. Pense muito bem antes de votar. Reflita.

quinta-feira, setembro 21, 2006

A indignação não existe mais.

Os acontecimentos da vida política nacional são tão escabrosos que estão fazendo com que a palavra indignação saia do vocabulário do brasileiro de maneira definitiva. Nunca mais nos indignaremos com nada. Aconteça o que acontecer, brasileiro agüenta, é forte e solidário a ponto de não questionar.O escândalo da vez – a venda de falsos dossiês – chegou apenas para dar o último aviso ao eleitor desavisado antes das eleições de primeiro de outubro. Aqueles, que dormiram no ponto, ignoraram o óbvio e desligaram o cérebro enquanto denúncia em cima de denúncia era apresentada, agora têm mais uma chance de enxergar o que está acontecendo em nosso país.Todos os veículos de comunicação mostraram em detalhes as falcatruas cometidas pelos envolvidos na podridão geral que assola o país. Algo aconteceu e está mais do que claro o que incomoda e que continua a acontecer, mesmo depois de tantos escândalos e acusações. Ninguém é afastado de um cargo por boatos, ainda mais quando a pessoa é forte dentro de seu partido. Pois bem. Assistimos a mais um afastamento no partido dos trabalhadores – Ricardo Berzoini – coordenador nacional da campanha do presidente Lula, além de ser, nada mais nada menos, o atual presidente do PT. Foi afastado pelas denúncias que recebeu a respeito do caso dossiê. Algo está estranho. Tem coisa muito errada nesse universo intocável. Outro alguém fez algo que não deveria ter feito e nessas horas o remédio que se mostrou eficaz para Lula se blindar dos escândalos anteriores – cortar na própria carne – mais uma vez está sendo usado.Perguntas feitas dia-a-dia são respondidas com respostas tão escorregadias que até para os maus entendedores o que foi mostrado bastou. Sei que têm algo errado, mas não ligo a mínima. É esse o pensamento geral. Os acusados não têm mais o que fazer, a não ser segurar as pontas, agarrar-se na máquina, apelar para o carisma e torcer para que o mês passe mais rápido para que dessa forma, o tempo de assimilação dessa nova presepada seja insuficiente e os índices das pesquisas não ocilem demais.
Não interessa de onde veio esse dinheiro, não vão falar, não vão provar a tempo. Sabemos de onde veio. Pagamos, todos nós, com nossos impostos por este dossiê – forjado ou não – não nos apresentaram comprovante de compra, muito menos pregaram um balancete de final de mês que até a mais vagabunda das empresas o faz. O Brasil é superior a tudo e a todos. A máquina do Estado trabalha ininterruptamente, mas nem sempre o resultado do trabalho dessa máquina está sendo utilizado para a melhoria de nosso país como comprovamos nessa gestão.
A reeleição desse partido será um marco em nossa história democrática recente. Um marco negativo é verdade, pois as eleições de 2006 serão lembradas pelos historiadores e estudiosos como o pleito que traduziu a corrupção deslavada em votos e o aval definitivo da população que liberou de maneira manipulada a impunidade partidária.
A consagração daqueles que trabalharam em cargos públicos de maneira egoísta e fizeram com que o país fosse visto com maus olhos pela opinião pública mundial pode ser premiada no primeiro dia do mês de outubro com seu voto. O conformismo crônico é uma doença que se mostrou sem cura. A blindagem carismática mostrou-se mais forte que muitos supunham. As portas do vale tudo estão escancaradas para os próximos golpistas que quiserem entrar e se sentirem bem vindos.

terça-feira, setembro 12, 2006

Corrupto é bandido e ponto.

Quanta bobagem será que eu agüento escutar sem gritar? Boa pergunta. Não estou muito certo da resposta, mas sinto que estou próximo de explodir.
Assisto a TV e fico perplexo. Sem falar na vontade de morrer toda vez que leio os jornais. As coisas que vejo e leio não podem ser reais. Os canalhas que tanto mal fizeram ao país não podem ser tão maldosos a ponto de novamente disputarem uma eleição para outra vez enganar o povo. Pesquisas me mostram que meu voto de nada adiantará, pois o futuro já está escrito. Quatro anos mais dessa pouca vergonha teremos que engolir. O problema está no didatismo. Explico. O brasileiro não está acostumado com interpretações de textos, leva tempo, é complicado. Os termos muitas vezes não são usuais e muitas das verdades ditas não são assimiladas. É preciso ser mais prático, ou melhor, mais didático. Senão, corre-se o risco de acontecer o que parece inevitável – a reeleição desse presidente e desses gatunos que querem voltar à política nacional.
Pingo por pingo em todos os “is” precisam ser postos. Caixa dois não é linguagem que se usa para ser entendido, assim fica difícil, mas fazer o quê? Sanguessuga e mensalão já encheram tanto que está mais do que passada a hora de virarem nomes de músicas de funk. Virou chacota. Dólar na cueca e paraíso fiscal são fictícios que não mostram nada. O povo reconhece melhor se a expressão bem brasileira “meteu a mão” for usada. Corrupto é ladrão. Foi cassado, pois fez o que não devia, enganou a população.
É impressionante o tamanho da exposição que esse lamaçal teve e de nada teve efeito. De que valeram os quilômetros de linhas escritas e as várias horas de imagens exibidas se o cenário atual nos mostra que o partido dos trambiqueiros leva essa enorme vantagem sobre todos os demais partidos somados. É por isso que proponho uma campanha de elucidação do ocorrido. Musiquetas e frases de votem não de nada adiantarão. O que precisa ser feito é o seguinte: cada qual com seu crime deveria ser relacionado e os “assaltos” contra a população devem ser todos explicados, sem textos difíceis e sem nomenclaturas técnicas. Fica bem mais fácil se for feito assim: deputado X roubou dinheiro público, deputado Y mentiu e se aproveitou de seu cargo para tirar proveito, ministro Z ficou rico às nossas custas e o Presidente L sabia de tudo sim e nada fez.
Não podemos nos esquecer que nem tudo foi mostrado. O que foi dito até agora foi apenas o denunciado e apurado pelas comissões, que, aliás, são compostas por membros dos partidos envolvidos. Observamos calados as notícias do pífio crescimento que nossa economia teve e assistimos passivos o repasse de nossos impostos a juros bancários, o que impede o desenvolvimento das áreas que mais necessitam de força em nosso país, tais como, saúde, educação e infra-estrutura.
O poder que o povo concede a um partido que oferecia a esperança ao mais fraco faz com que o pobre dia a dia se torne mais dependente e escravo desse sistema que alimenta apenas suas ramificações. Enganar o povo foi mais fácil do que era previsto, pois a receita era óbvia demais e o sucesso foi implementá-la aos poucos. Oferecer o mínimo aos que nada têm foi o caminho para o poder. Agora com a máquina em mãos, a perpetuação fica muito mais fácil.