domingo, julho 23, 2006

O MUNDO ESTÁ MUDANDO

É pouco provável que o mundo mude amanhã. Não é de uma hora para outra que as mudanças acontecem. Tudo é entrelaçado de tal forma que para o mundo sofrer mudanças perceptíveis seria necessário muito tempo. Acontece que esse tempo já está sendo contado e um futuro não muito distante nos trará surpresas que há tempos estão sendo anunciadas.
Em tempos de mundo globalizado, o termo distância deve assumir dois sentidos: a distância entre as fronteiras diminuirão com a modernização dos transportes e meios de comunicação e a distância que separa os países ricos dos pobres aumentará cada vez mais.
A revolução tecnológica mostrará sua força de exclusão. Os avanços disputados entre as mega empresas com teores de filmes de espionagem não beneficiarão a todos igualmente e o abismo social que hoje já sentimos em relação à divisão de classes se tornará maior.
Os países tradicionalmente conhecidos como “importadores de cérebros”, sentirão na carne a diminuição desse fluxo de pessoas, visto que os países de origem desses gênios despontam como futuras potências mundiais, haja visto a China e a Índia.
As previsões já apontam uma mudança de posições entre os países que hoje ditam as regras do jogo. Em 2010, o PIB da China deverá superar o da Alemanha e em 2017 o poderoso asiático Japão perderá seu posto de segunda potência mundial para os chineses. Aumentando a linha de visão dessas projeções, em um futuro um pouco mais distante, a China alcançaria e passaria o PIB dos Estados Unidos da América em 2043, tirando assim a hegemonia norte-americana.
Muitos de nós iremos assistir o surgimento de novas potências mundiais e presenciaremos os esforços das potências tradicionais tentando manter-se no topo. Essa troca de lugares se dará por uma série de motivos, entre os quais podemos citar o crescimento econômico, a evolução tecnológica e investimentos de peso em educação.
Um problema que deve ser levado em conta na hora de se fazer uma análise do possível abatimento econômico europeu, é o envelhecimento da população. Com as melhorias que a medicina e a tecnologia industrial trouxeram nos últimos anos, os países europeus aumentaram a expectativa de vida de sua população de maneira tal que a previdência não pôde acompanhar esse aumento que foi diretamente refletido nas aposentadorias e com isso, desafios de ajustes orçamentários já podem ser sentidos.
Em contrapartida, o número de jovens diminuiu, devido não somente ao envelhecimento da população, mas também pela cultura européia em relação ao número de filhos que o casal deve ter. Com isso, a população economicamente ativa diminuiu e a demanda por mão-de-obra tende cada vez mais a aumentar. Com um número reduzido de jovens e um elevado número de idosos, os países poderosos tendem a reverter o ciclo de crescimento, preocupando assim os índices econômicos que já prevêem períodos de recesso.
O futuro já começou. Mudanças estão acontecendo e continuarão de tal forma que é improvável prevê-las com precisão. O grande salto para o sucesso será dado por aqueles que observarem com calma e de maneira global o que os indicadores apontam. O Brasil tem tudo nas mãos para ser um desses países que se destacarão. Pensar em todo o processo e como ele evoluiu é necessário, mas o que vai fazer a diferença de fato é o modo que os governantes pensarão o presente. Construindo bases, fica evidente uma despontada para as lideranças mundiais. As grandes transformações estão anunciadas. O dimensionamento de tais mudanças fica a cargo de cada país, com a diferença que aqueles que estiverem mais solidificados em suas economias e com verdadeiro anseio de progresso e liderança sairá na frente.

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