segunda-feira, julho 31, 2006

Prevendo o Futuro

Eu vejo o futuro. Todos os dias, em todos os lugares, em tudo que me rodeia, eu vejo as coisas em constante mudança. Não só coisas mudam, as pessoas e seus comportamentos também.
Passeando pelas ruas da cidade, vejo coisas que me fazem pensar. Novos carros, com novos acessórios, novos equipamentos e novas formas tomam conta da cidade. Crianças brincam com armas espaciais e se comunicam com seus modernos celulares que de tão sofisticados não faltam nem falar. Os bichinhos de estimação são levados a caríssimos tratamentos que do básico só nos resta a lembrança das tosas e banhos. No supermercado, circulando desapercebido pelas prateleiras de vinhos, uma voz suave emitida por um mini plasma sugere a você a escolha de um Cabernet para saborear o inverno degustando um bom queijo. As antigas promoções publicitárias que antes convidavam o consumidor ao sorteio que se dava pelo envio de cartas, nos tempos da modernidade fornecem agora, um número para o qual um “torpedo” deve ser enviado pelo celular para que se concorra a grandes prêmios. Era realidade até pouco tempo a ansiedade da espera pela revelação de uma foto, a surpresa se a pose tinha saído boa, ou se a luz havia preenchido legal o enquadramento. Passado. Hoje as novíssimas câmeras digitais nos mostram na hora o que foi fotografado e podemos corrigir o erro ali mesmo.
A gama de transformações é tão grande e os indícios de novos tempos são tantos que eu poderia encher tantas linhas quanto forem necessárias e sempre seriam insuficientes para detalhar exatamente as mudanças.
Pesquisas são mais do que necessárias nos dias de hoje. Adiantar o futuro é mais que uma meta, é uma obrigação daqueles que querem ser maiores do que os outros. Estou falando das grandes empresas que gastam milhões e milhões em pesquisa de novas tecnologias e usam os artifícios que se mostrarem necessários para atrair os jovens talentos de suas universidades para seus laboratórios. Ganha mais aquele que investe mais em talentos.
Abrindo um pouco o horizonte, passando as barreiras físicas das multinacionais, vemos a mesma iniciativa nos países desenvolvidos. Gigantes econômicos investem pesado em pesquisa e fazem da maneira correta, ou seja, começam pela educação de base. Podemos acompanhar pelos jornais, o empenho que a China está tendo em educação para que num futuro próximo comece a ditar as tendências mundiais.
Agora eu pergunto: E o Brasil? Até quando o assunto educação vai ser tratado em segundo plano em nosso país? Com tanto potencial é inadmissível que estejamos tão atrasados em relação ao resto do mundo. As proporções de gigante territorial deveriam ser mais que suficientes para que nossos governantes pautassem os seus compromissos para discutir a fundo o tema. O Brasil precisa correr contra o tempo e começar a investir pesado em educação de base pra não ser um eterno importador de tecnologia. Precisa incentivar que a criança fique na escola. Tem a obrigação de dar suporte e estrutura para a formação de bons educadores e com isso a proliferação de bons alunos seria inevitável.
É preciso crescer e para crescer é necessário educar. O problema da educação, que existe em nosso país, se resolvido, contribuiria, e muito, para a amenização de tantos outros problemas que nossa população sofre. Um país para ser forte precisa ter bases. Escola de qualidade é o primeiro passo para ser grande. Educar para ser respeitado. Educar para ditar as novas leis. Educar para firmar de vez o orgulho de ser brasileiro. Assim, em um futuro próximo, o Brasil passaria de importador de tecnologia para a condição de pólo do conhecimento.

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