quinta-feira, julho 13, 2006

VERDE E AMARELO PIRATAS

Acontece todos os dias. Só não vê quem não quer. Não é escondido, tampouco camuflado. A pirataria é mais que um fato. É uma organização.Não é preciso ir longe para encontrar o problema. Instalados no coração da cidade, em plena atividade, os camelôs oferecem seus produtos para qualquer um, a qualquer hora do dia, sob as barbas das autoridades.Hoje em dia, esse tipo de comércio, ainda chamado de “informal”, evoluiu. As bugigangas “importadas” continuam expostas, lado a lado com as grandes grifes tecnológicas. Era comum, anos atrás, comprar um radinho de pilhas, um relógio e mesmo peças de vestuário - todos falsificados. O que se pode ver hoje, espantaria os menos avisados.DVD’s players portáteis, artefatos de computador, tocadores de mp3, som para carro, videogames, aparelhos de celular, tudo isso sem falar dos principais títulos de filmes, que ainda estão em exibição nas grandes salas do Brasil e que já podem ser encontrados nas mãos dos negociantes.O negócio se modernizou tanto, que os pagamentos que eram sempre feitos em dinheiro, agora podem ser realizados de diversas maneiras. São aceitos todos os tipos de cartões - tanto os de débito quanto os de crédito. Máquinas instaladas nas barraquinhas facilitam as vendas e impulsionam o comércio.Em tempos de Copa do Mundo, como não podia deixar de ser, os camelôs funcionam a todo o vapor para o evento. A exposição de materiais esportivos é tamanha, que é possível encontrar a camisa de qualquer uma das 32 seleções participantes do mundial.O problema existe e é antigo. Tem muita gente que ganha com o “comércio informal”. Por outro lado, muita gente perde. O Estado perde em arrecadação de impostos. O cidadão perde pela falta de qualidade dos produtos adquiridos. O Brasil perde respeito pois é visto como uma das vitrines da pirataria mundial.A Copa do Mundo que é o evento de maior importância do futebol, ao mesmo tempo que tira a atenção das autoridades para o problema, expõem nos mais variados tons de verde e amarelo a incapacidade da administração pública.

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